Gestão de riscos nas contratações públicas: eficiência e transparência com base na Lei 14.133/21

A gestão de riscos nas contratações públicas é fundamental para garantir eficiência, transparência e conformidade com as normas. Aprender estratégias práticas para identificar, avaliar e mitigar riscos pode potencializar o sucesso, otimizar processos e melhorar os resultados.

Criado em 11 dez 24

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Por Carol Luz

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Gestão de riscos nas contratações públicas: eficiência e transparência com base na Lei 14.133/21

A gestão de riscos ocupa um papel importantíssimo nas contratações públicas, especialmente com as diretrizes estabelecidas pela Lei 14.133/21. Durante o Effecti Experience 2024, Caroline Rodrigues, advogada, consultora, professora e palestrante, apresentou como a governança, aliada à gestão de riscos, pode transformar desafios em oportunidades, promovendo eficiência e transparência. Neste artigo, exploramos os principais pontos dessa palestra, destacando estratégias práticas e orientações legais que norteiam contratações mais sólidas.

O que é gestão de riscos nas contratações públicas?

Gestão de riscos significa identificar, avaliar e mitigar incertezas que comprometam o sucesso de uma licitação ou contrato. No contexto público, é uma ferramenta para garantir a eficiência, a integridade e o alinhamento das contratações com as metas organizacionais, como indicado pela Lei 14.133/21, especialmente no art. 11, que atribui à alta administração o papel de liderar esses processos.

Diretrizes fundamentais da Lei 14.133/21

  • Governança e responsabilidade: o art. 11 destaca a importância da alta administração em implementar estruturas que promovam a integridade, eficiência e alinhamento das contratações com os objetivos estratégicos.
  • Planejamento e análise de riscos: o art. 18 reforça a necessidade de considerar todos os riscos técnicos e mercadológicos durante a preparação das licitações. O art. 22, por sua vez, permite a inclusão de matrizes de risco no edital, equilibrando responsabilidades entre as partes.
  • Matriz de riscos: descrita no art. 6º, inciso xxvii, a matriz define obrigações e responsabilidades, assegurando o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos frente a eventos futuros.
https://www.youtube.com/watch?v=wz0GkmVi-a8

Metodologia prática de gestão de riscos

 A gestão de riscos é estruturada em cinco etapas principais:

  1. contexto: análise do ambiente interno e externo.
  2. identificação: levantamento de possíveis causas e consequências dos riscos.
  3. análise: avaliação da probabilidade e impacto de cada risco.
  4. avaliação: priorização dos riscos com base em sua relevância.
  5. tratamento: definição de estratégias como evitar, mitigar, transferir ou aceitar os riscos.

Ferramentas como mapas e matrizes de riscos são fundamentais para estruturar essas etapas, promovendo uma análise clara e eficaz.

Riscos comuns nas contratações públicas e como evitá-los

Exemplos de problemas recorrentes incluem:

  • direcionamento de licitação devido a especificações inadequadas;
  • aditivos contratuais causados por falhas no termo de referência;
  • falta de fiscalização, resultando em execução inadequada dos contratos.

A solução passa pela adoção de práticas preventivas, como revisões criteriosas durante a fase preparatória, consulta ao mercado e capacitação da equipe técnica.

A gestão de riscos, conforme delineada pela Lei 14.133/21, é uma ferramenta indispensável para promover eficiência e transparência nas contratações públicas. Ao adotar esta abordagem, as organizações podem prevenir problemas e também transformar desafios em oportunidades.

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